quarta-feira, 29 de junho de 2005

quando escrevo...

Apesar de já estar de férias, não tenho tido muito tempo para postar novas prosas, aqui vos deixo o meu prólogo que toma por nome «quando escrevo…».
Nas minhas prosas dirijo-me a alguém, um homem sem rosto… sem nome… falo muitas vezes no meu silêncio, aquele que me conforta mas que por vezes, me deprime como nada me consegue deprimir. Falo muitas vezes numa realidade que não encontro, vá-se lá saber porquê.
Escrevo a pensar em mim, no meu estado de alma, no estado de alma dos outros, nas suas maneiras de pensar, acuso-os daquilo que fazem e não fazem… aconselho-os a uma maneira de pensar diferente.
Há pessoas que não entendem a minha maneira de escrever porque é completamente diferente do protótipo pré-concebido de poesia… os versos alinhados, a rima, as sílabas métricas… tenho uma maneira muito própria de expressar os meus «pensamentos…».
Não acho que todo o poeta seja fingidor, acho que há pessoas que escrevem coisas verdadeiras, e não inventam sentimentos para poderem escrever… escrever é uma arte, é conseguir passar para o papel o que pensamos, os meus parabéns a quem consegue…
Espero que gostem dos meus «pensamentos…».
O meu muito obrigado aos leitores do meu blog, sem eles não teria, certamente, continuado a escrever.


Carolina Figueiras*

domingo, 19 de junho de 2005

Silêncio...

Procuro ouvir o silêncio,
acho que por ele estar aqui é que por vezes não me sinto eu...
É possível que por haver demasiado silêncio
eu me sinta obrigada e sentir-me só.
O silêncio conforta-me,
mas também me deprime...

sexta-feira, 17 de junho de 2005

escrevo...

Todos os dias escrevo…
Soltos letras e formo palavras ao acaso.
Baseio-me no silêncio,
Na chuva que cai,
Sem me considerar poeta…
Recolho-me na realidade que eu própria criei,
Recosto-me no meu próprio tempo,
Naquilo em que me baseio
Para voltar a escrever…

segunda-feira, 13 de junho de 2005

pequeno fragmento

Acordas no silêncio,
adormeces a tua alma.
Mais um grito que se ouve algures no escuro,
todos os dias é igual: uma obsessão diária...

sexta-feira, 3 de junho de 2005

fragmentos...

há momentos em que guardo todos os dias no peito:
pessoas que passam, outras ficam...
guardamos de cada um um fragmento,
um exemplo a seguir, ou não.
Gurdamos os sentimentos na palma da mão,
descobrimos um mundo novo,
ouvimos o som do silêncio,
fechamos os olhos... para nunca mais.

mendigos ou poetas

Poetas encaram vidas como viagens vividas ao sabor do vento,
olham a vida de canto,
e ressuscitam todos os dias na sua avareza.
Há quem diga que mendigos são poetas,
ou poetas são mendigos.
São eles que adormecem as almas no chão frio,
escrevem histórias de amor,
sem amor,
para ninguém.
("só o amor,
por ser amor
é de verdade").