sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Sentada ao relento relembro
e contemplo a lua que me fez partir...
Lembro o grito que me sufoca no tempo que é já nulo, banal, solitário...
Vejo as pessoas passarem
e o tempo também.
Sei o que me faz ficar
mas nem por isso as lagrimas aparecem...
O olhar urgente de quem vagueia
acompanha uma vivencia fugaz
num orpo que não sinto como meu...
Este agir sem reflexão vai acontecendo todos os dias,
vai passando com as horas
o tanto que dizes que um dia me amarias.
E sinto-te tão distante de mim
mas tão perto de tudo
(tão longe do nada)
e tão ausente do mundo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Hoje eu quis gritar
para que o mundo soubesse o quão perdida me sinto...
Quis o teu ombro
para chorar
e dizer-te o quanto te amo...
O passado mexeu comigo, mesmo sem querer...
magoou lá no fundo
e ele sabe disso...
Já de nada servem palavras de conforto, agora.
O mal foi feito
e eu já não preciso
nem quero o amor
vil e cruel,
vingativo e cru
branco e vazio...
Nu.

Quero abandonar este corpo,
vaguear enquanto alma
descobrir o que me rodeia
e tentar (pelo menos)
ser mais feliz...

quinta-feira, 7 de setembro de 2006


 

(Silêncio...)

Silêncio,
tão imenso
que sufoca
e mata...
Me leva de triste e queda,
de leve e magoada,
tão frágil...
Recosta-me para depois me magoar
e deixar-me só.
Acompanha-me com a folha branca e caneta
encontradas em qualquer canto,
escritos em qualquer café...
Traz a minha solidão consigo,
a nostalgia da folha branca...
...volto ao sentimento que não cessa,
ao meu papel
e a um café ou outro lugar
para voltar a escrever...

Acordo na madrugada
largando ódios pelo chão,
a luz que entra pela janela é só uma razão para não querer ficar
e o olhar vazio que trago
é das noites de solidão,
é o reflexo da mente que se esvai
da alma caída...
O outono há muito que partiu silencioso
numa paisagem terna e fugaz,
mergulhada nesses ódios que ficaram.
Quando o sol nasce,
A vida torna a razão simples e escassa...
Há dias que não passam...