sexta-feira, 12 de agosto de 2005

no meu final adeus...

Todos os dias
Vou dizendo adeus ao mundo que pensei ainda estar de pé…
Guardei-me no meu próprio segredo e guardei-te a ti,
Disse adeus.
Não sei o que me moveu,
Se foi o vento, a razão…
E todos temos o nosso final quando os papéis se invertem.
Eu já não sei,
Só sei que te quero
E este é o segredo que para sempre mantenho…
Caminho sozinha contigo no pensamento.
Tenho no bolso as mãos geladas pelo frio,
E caminho no sonho descalço de mais um dia…

derramamos lágrimas

Derramamos lágrimas quando percebemos que as palavras que recebemos não são as suficientes…
Muitas vezes não entendemos o quanto custa a dor do silêncio.
Por vezes é necessário verbalizar os sentimentos,
O que nem sempre acontece.
Um dia vais perceber o porquê,

um dia entendes…

não há nenhuma realidade à minha espera...

Entendes o futuro que deixaste por terra,
E o passado por onde já tantas e tantas vezes vagueaste…
Parece tudo tão banal visto assim.
Parece que não há passado nem futuro que nos devolva o grito que deixamos voar.
E o silêncio acompanha.
Chegas à conclusão que aquilo que procuras não é o silêncio,
É uma segurança que se diz ténue e silenciosa.
Não há homens sem rosto, nem realidades encontradas…
Vejo que tudo aquilo que antes disse não passa de uma utopia que julgava uma realidade.
Queria gritar até não conseguir chorar,Não há nenhuma realidade à minha espera…
Amas,
Sentes,
Vives…
Quando no fim tudo se desmorona…
És esquecido como os outros,
Num mundo onde almas vivem com medo de viver,
De consumir vida…
Olhas para o fundo do precipício,
é aí que resolves saltar…

um momento a sós com o meu silêncio...

Leva-me daqui...
dá-me um momento a sós com o meu silêncio
e diz-me o que o tempo levou.
Lá fora vejo a luz que se esvai
e vejo que as estrelas caíram.
Fui o vento,
vi o mundo com os meus olhos tristes,
eu sabia que o tempo não ia voltar,
agora não sei como reparar
o medo que tenho de não conseguir regressar...

fica por aí...

Por vezes não entendes,
ou não queres entender
tudo aquilo que por vezes não te digo...
Consigo ver sentimentos voarem como pétalas.
Sei que posso voltar para casa,
mas tenho uma guerra a travar-se dentro de mim,
quero voltar e não posso...
Sei que ainda estás aí,
e que consegues ficar.
sei que a beleza é muito mais do que aquilo que consigo ver,
mas sei que sabes que podes ficar...