sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Deixa-te ficar
Distrai-te
Dá por ti a pensar
És tu, só tu
E ninguém mais.
Não vês
Não ouves
Abres os olhos
Procuras em redor
Vês árvores
Vês rochas
E o horizonte
Metros e metros te separam do chão
Subiste tanto, mas tanto
Até ao topo
Nada mais acima existe.
Chegaste até ai sozinho
Tão sozinho como estás agora
Subir foi difícil, sim
Descer é tristemente impossível.
Podes atirar-te, sim
Mas quando chegares lá abaixo
Onde estão os outros
Aqueles…
Passarás por eles sem que te vejam.
Esqueceste e esquecido foste
Não te importaste e agora só
Agora só te vês e vais ficar
Atingiste o tão desejado topo
Parabéns (que pena).
Só estás
Só agora percebeste
Quão lindo é o vale
Quão verde
Quão quente
Quão acolhedor
Quão cheio de gente
Só agora percebeste
Quão feio é o topo
Quão cinzento
Quão frio
Quão desconfortável
Quão isolado
Olha aos outros mais que a ti mesmo.
No fim, em vez de os olhares solitariamente de cima,
Vê-los-ás à altura dos teus olhos
Serás da altura deles, sendo maior que eles
Ao invés de estares acima deles, sendo mais pequeno…
Distrai-te
Dá por ti a pensar
És tu, só tu
E ninguém mais.
Não vês
Não ouves
Abres os olhos
Procuras em redor
Vês árvores
Vês rochas
E o horizonte
Metros e metros te separam do chão
Subiste tanto, mas tanto
Até ao topo
Nada mais acima existe.
Chegaste até ai sozinho
Tão sozinho como estás agora
Subir foi difícil, sim
Descer é tristemente impossível.
Podes atirar-te, sim
Mas quando chegares lá abaixo
Onde estão os outros
Aqueles…
Passarás por eles sem que te vejam.
Esqueceste e esquecido foste
Não te importaste e agora só
Agora só te vês e vais ficar
Atingiste o tão desejado topo
Parabéns (que pena).
Só estás
Só agora percebeste
Quão lindo é o vale
Quão verde
Quão quente
Quão acolhedor
Quão cheio de gente
Só agora percebeste
Quão feio é o topo
Quão cinzento
Quão frio
Quão desconfortável
Quão isolado
Olha aos outros mais que a ti mesmo.
No fim, em vez de os olhares solitariamente de cima,
Vê-los-ás à altura dos teus olhos
Serás da altura deles, sendo maior que eles
Ao invés de estares acima deles, sendo mais pequeno…
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
(s/ título)
A alma vai morrendo
e cada segundo leva um pouco de nós.
Pisamos o pó dos nossos dias passados
em gritos, choros e histerias
e perguntamos se valeu a pena.
E não.
Não me sinto inocente.
Na absurda dor que nos leva a tal
fica a nostalgia dos outros dias.
Não importa a cor ou sol
importamos nós... ou já não tanto.
Fobia estapafúrdia da perda
ou vontade dela.
Perdemo-nos um pouco,
talvez afastemos o real
pela nossa necessidade de batalhas inúteis
e de setas perdidas no peito.
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