Há coisas a mais neste quadro.
Muita luz, muito ruído, muito medo
e é tudo o que precisamos para não sermos…
Nós, de tão frágeis no nosso espaço de luz esbatida,
tão desconexos,
tão apartados e tão próximos de coisa nenhuma,
ternos,
e eu não a encontro.
Faltam palavras
que nos deixam,
porque tudo o que está é primordial,
estarrecidos.
Sento-me aqui, passo as mãos pelo cabelo e encosto a cabeça para trás,
este compasso de espera é o tempo de só mais um cigarro
para partir a pé por esta linha de ferro que me separa do mundo
e esperar que passe.
sábado, 2 de janeiro de 2010
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