quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

o amor é um lugar estranho

A Lua estava alta em seu esplendor
e as estrelas povoavam a escuridão
quando tu disseste que querias
fitar o céu a meu lado
Deixar que a Lua iluminasse
e as estrelas vigiassem
Mas preferi porventura
esperar e ver o Sol nascer,
enquanto o céu ia azulando
O dia foi passando
e o Sol mais poderoso
se foi tornando
Era certo, ele estava lá,
ele iluminava, ele alegrava
Agora está a anoitecer
Tenho o Sol e a Lua,
as nuvens avermelhadas
e tenho as estrelas
Não sei se veja o Sol
Não sei se fite a Lua
Tenho medo que um dia surja
em que o Sol se esconda
ou que certa noite chegue
em que a Lua não apareça
Então me arrependerei
por nenhum poder lembrar

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

telepatia

Lembro de ti,
pensas em mim
Temo por ti,
preocupas-te comigo
Sinto-me só,
sentes-te sozinha
Esvaio lágrimas por ti,
choras por mim
Estendo-te a mão,
fazes-me sentir a tua
Abro os braços para ti,
sinto os teus em meu redor
Falo para ti,
fazes com que te ouça
Estamos juntos
Eu num lugar
Tu noutro sítio

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

É tão fácil o último adeus
mesmo quando ainda estamos algemados aos planos passados…
O céu é a tela que nos envolve
as nuvens, borrões de tinta que nos estragam o quadro,
e a chuva, o pincel fino que se dilui na água
tão manchada de frustrações
e «nódoas negras sentimentais»…
E tudo o que desejei foi este sol que me aquece as mãos,
o coração
e todo o meu corpo…
Tão leve a tua mão pousada na minha face rosada pelo frio,
e tão bom o teu olhar de entendimento
sendo desnecessária qualquer palavra…

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Olhar


Por agora olho directamente nos teus olhos
com um olhar terno e sentido
enquanto tu olhas os meus olhos também
e te apercebes que o olhar que te olha
é de puro agradecimento
de alguém que te adora de mais.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Sabor




Saboreio cada momento
como se fosse um presente que a vida me dá quando passa por mim...
Aprendi com todos os erros que não é preciso muito para esboçar um sorriso ao mundo
(verdadeiro)
mesmo que a lágrima álgida esteja cá dentro esfuziada por sair...

Guardo em mim toda esta vivência
talvez fugaz, talvez ingénua,
mas sentir-me livre é um dom,
um dom que jamais irei perder
porque o tempo toma-se de nós muito depressa
e encontrei alguma paz em mim
esta noite...

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Para ti...

Um conforto tão desconfortável me assaltou hoje...
Este frio que trouxeste é só mais uma razão
ou será que é mesmo o fim?
Apontaste-me os medos
nessa tua frieza que me esforço por entender...
Uma tela de ódio
com uma pincelada do desejo que desde sempre guardo
de um dia ter um sorriso teu
verdadeiro e terno
e não um olhar álgido...
é mesmo o fim
– pensei eu. –
que mais há a fazer quando tudo o que há a procurar
é um ciclo vicioso sem fim à vista,
um capricho...
Que fazer quando tu
és tudo aquilo que quero
que preciso,
que respiro
(que me perco a respirar)
és o tudo
mas no fundo, não és absolutamente nada.
És só alguém que eu caí na descrença de amar,
talvez amar de mais,
talvez perder...

Tu

Pensei ser tudo aquilo que sempre quiseste ter,
não quis ser um olhar fugaz
ou uma flor que depois de seca
perderia toda a sua vivacidade
e acabaria n’algo chamado abismo...
Quis o teu sorriso,
quis acreditar em ti
e em tudo o que se passava à nossa volta,
o porquê de agora tudo estar tão vago,
tudo tão cinzento e escuro:
tão melancólico...
De que servem as doces recordações
agora que nos deparamos com um presente estuporado,
cruel,
vil...
O teu passivo silêncio incomoda-me,
enerva-me,
leva-me a dizer coisas que não sinto,
a irar...
Até que ponto o teu amor existe?
Até que ponto tudo foi verdadeiro?
E sim, é para ti que escrevo tais palavras,
Tu, que me fazes chorar e me magoas.
Tu, que sem me tocar me arrepias,
me humilhas, me afugentas...
Dei-te tanto de mim
sem esperar nada de volta.
Seria suficiente um olhar,
um gesto
(qualquer coisa)
para afastar do meu olhar este breu,
esta tristeza
que manchaste nos meus olhos tristes...

Estás sozinho, sem ninguém
Estás cansado, sem forças
Tens frio, congelas
Sentes dor, falta de amor
Lembras a amizade, deixou saudade
Olhas o presente, dá-te raiva
Segues a lua, estás no breu
Eis que te deitas, olhas o céu
Com quem falas? Não há vivalma
Falas com o papel, nunca te deixou
Nele confias, não só as alegrias
Mostras-lhe a dor, o amor
A amizade e a saudade
A raiva do presente
Passas-lhe o breu da alma
Que já nem a lua tem de tão escura que é
Ele não se magoa, ele não sente
É apenas papel, também não te mente
Não te magoa, não te ama
Não é teu amigo, não te sente falta
Não se chateia, não diz nada
Só esta ali, imóvel, quieto
Mas eis que por vezes
Depois de o riscares com o breu da alma
Ele a reflecte com claridade
E da apatia da sua brancura violada
Se levanta a resposta que procuravas

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Estou sozinho
Envolto em silêncio
Cheio de escuridão
Não tenho medo
Mas não digo que não
Estou insensível
Com um conflito de sentimentos
Tudo se anula
Amor e ódio
Tristeza e alegria
Apatia e euforia
Não me movo
Não vejo razão
Ninguém me ajuda
Não me dão a mão
Tudo ruiu
Nada mais resta
Vou ficar aqui
Até chegar a besta
Ela levar-me-á
Deste mundo para o seguinte
Neste aprendi a lição
Vou usá-la no que virá
Nesse estarei acompanhado
Rodeado de barulho
Inundado em claridade
Pois neste já o estive
Mas também já o perdi
Para aprender a lição
Com o erro que cometi

terça-feira, 17 de outubro de 2006

11 de Outubro






Esta noite sonhei que não havia céu
e que as nuvens cinzentas eram só um incomodo imaginário
criadas por uma entidade divina a que chamamos Deus...
E tudo o que quis foi esta paz
e todo o sabor que me traz esta vivência
juntamente com a culpa de não ter sonhado antes...
Um amontoado de emoções
maior do que a lua
e menor que uma ilusão.
Será que te lembras
do ultimo abraço que demos (?)
mesmo quando nada parecia/era mau...
Dá-me a mão
e vem ver como é o outro lado.
Vem ver o arco-íris formar-se
ouvir a chuva
e senti-la a molhar-te o corpo
(mesmo sabendo da inevitável constipação)
saboreia este momento
pois talvez não haja muitos mais,
porque hoje é um dia horrível chamado “quarta-feira”
mas contrariei o mau hábito,
peguei na caneta
e escrevi algo doce para ti...

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Sentada ao relento relembro
e contemplo a lua que me fez partir...
Lembro o grito que me sufoca no tempo que é já nulo, banal, solitário...
Vejo as pessoas passarem
e o tempo também.
Sei o que me faz ficar
mas nem por isso as lagrimas aparecem...
O olhar urgente de quem vagueia
acompanha uma vivencia fugaz
num orpo que não sinto como meu...
Este agir sem reflexão vai acontecendo todos os dias,
vai passando com as horas
o tanto que dizes que um dia me amarias.
E sinto-te tão distante de mim
mas tão perto de tudo
(tão longe do nada)
e tão ausente do mundo.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Hoje eu quis gritar
para que o mundo soubesse o quão perdida me sinto...
Quis o teu ombro
para chorar
e dizer-te o quanto te amo...
O passado mexeu comigo, mesmo sem querer...
magoou lá no fundo
e ele sabe disso...
Já de nada servem palavras de conforto, agora.
O mal foi feito
e eu já não preciso
nem quero o amor
vil e cruel,
vingativo e cru
branco e vazio...
Nu.

Quero abandonar este corpo,
vaguear enquanto alma
descobrir o que me rodeia
e tentar (pelo menos)
ser mais feliz...

quinta-feira, 7 de setembro de 2006


 

(Silêncio...)

Silêncio,
tão imenso
que sufoca
e mata...
Me leva de triste e queda,
de leve e magoada,
tão frágil...
Recosta-me para depois me magoar
e deixar-me só.
Acompanha-me com a folha branca e caneta
encontradas em qualquer canto,
escritos em qualquer café...
Traz a minha solidão consigo,
a nostalgia da folha branca...
...volto ao sentimento que não cessa,
ao meu papel
e a um café ou outro lugar
para voltar a escrever...

Acordo na madrugada
largando ódios pelo chão,
a luz que entra pela janela é só uma razão para não querer ficar
e o olhar vazio que trago
é das noites de solidão,
é o reflexo da mente que se esvai
da alma caída...
O outono há muito que partiu silencioso
numa paisagem terna e fugaz,
mergulhada nesses ódios que ficaram.
Quando o sol nasce,
A vida torna a razão simples e escassa...
Há dias que não passam...

terça-feira, 18 de julho de 2006

Hoje o fundo era negro
E se algum dia precisei do silêncio
Não foi num dia como o de hoje
Em que o tempo era branco como uma folha de papel...
Sorrio todos os dias
Quando a luz (ou algo mais negro) não me ofusca,
Ou quando o pó de todos os corpos apenas me separa do chão...
Dizes que apenas tenho medo de ficar só
Sorrio-te algo leve e aceno com a cabeça,
Mas sei que é por isso que o fundo é negro,
o breu é difícil de suportar...

Marco mais um dia como o de hoje,
as aguarelas gastas e esbatidas...
só me resta o carvão para dar “cor”.
O breu sufoca-me
Porque hoje é o dia em que me sinto só
e apenas só...

12/05/2006

domingo, 9 de julho de 2006

recordações...

Escrevi este texto no melhor Verão da minha vida, o Verão de 2004... O Fett andava as voltas com o ghost script e eu aproveitava as folhas dos códigos para escrever qualquer coisa (devaneios, devaneios...) por trás... muitas recordações... É triste ver que éramos um grupo tão grande e neste momento só mantemos duas ou três ligações... Acho que só mesmo nós os dois é que ficamos verdadeiramente amigos no meio disto tudo, é o ciclo das coisas, perfeitamente compreensivel.. =/
Fett: a nossa sorte é que o Sopas nunca soube que lhe tiramos as escadas da piscina para ele se afogar! XD (nos sims, tá claro)... pá, fixe mesmo, fui eu com uma caneca de chá em cima da barriga a cantar a shop suey aos gritos na tua sala... bah... que stress... tenho saudades de tudo isso e só mesmo para chatear, decidi postar um texto que em termos de conteúdo está o verdadeira degredo (os autores devem ser sinceros consigo próprios... =P) mas... o sentimento 'tá lá... =D




Já nada é certo,
tudo é deserto,
é tão incerto poder saber que não estás por perto...
Regras são tudo aquilo que desprezo
por entre o pensamento,
e penso
que o céu será e sempre foi cinzento,
como aqueles gelado chão que agora pisamos...

carolina figueiras, 13.08.2004

terça-feira, 27 de junho de 2006


sábado, 3 de Junho...

Já não consigo escrever,
as palavras não flúem
e refugio-me nas lágrimas para expressar a dor…
As folhas brancas deixaram de ser o meu motivo,
a razão pela qual continuo e não desisto…
Pergunto-me o que me faz continuar
e penso partir para a frieza
para conseguir encarar a minha solidão
(pelo menos melhor do que com a demência de agora) …
“O sol brilha lá fora,
os pássaros cantam”
e as folhas das árvores ecoam o assobiar do vento…
Toda esta beleza é finita, talvez fugaz,
faz-nos acordar de outro modo
mas não nos impede de pensar em desaparecer
não nos impede de nos fartarmos de nós,
de não acreditarmos nas pessoas,
de não saber o que é poder confiar,
o que é receber
mesmo sem dar,
o que é amar realmente
o beijo que a madrugada nos dá
todos os dias ao acordar
e a respirar
(o silencio,
o ruído)
da solidão
que nos deixa fracos e perdidos
e nos torna mendigos de nós próprios…

…Deparas-te com o sorriso falso de todos
e encontras em ninguém a confiança das tuas palavras…

sexta-feira, 23 de junho de 2006

«now we trust, then we try ...»

Vejo agora o tal e dispensado ódio
raiado na insensatez da minha solidão…
O sol mostra-se agora um pouco mais
os olhares e os sorrisos trocam-se,
subtis,
sem demonstrar demasiado o afecto partilhado por ambos.
Somos tão cúmplices um do outro
como a lua o é da madrugada…
estamos tão perto e tão longe
um do outro
e do nada
que te olho com um sorriso terno
e ganho a certeza de te querer ver outra vez…

segunda-feira, 19 de junho de 2006

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Ficamos neste silêncio tão nosso
e de repente o aperto que sufoca a dor
nos cobre a ambos
e nos deixa tão sós,
leva um pouco de nós…

quinta-feira, 25 de maio de 2006

17 de Maio

Sem querer
fiquei à espera das palavras
dei-te a inconsciência das minhas,
para quebrar um pouco o silêncio.
Deixei a janela aberta para que o tempo não me fugisse
e levasse
a cor,
o sol,
o mar...
O gélido chão que trago debaixo dos pés
e o silêncio que não é eterno...
Só me resta tirar o caderno do bolso
e continuar a escrever...
Já tentei por uns tempos
tentar desaparecer
e desistir daquilo que sou,
desistir de mim...
Refugiar-me no sonho que me incentivou a partir,
dormir ao relento
e olhar as estrelas antes do amanhecer.
Levar o caminho num sorriso rasgado
o qual trago no bolso
para que nunca me vejam chorar...

quinta-feira, 11 de maio de 2006

O violino e a lágrima

Largas o tempo
e tentas voltar atrás...
Vês os pedaços de ti que lá deixaste
e os remorsos que assaltam,
que se cravam na pele
como aguçadas notas de uma valsa de violinos...

Solidão

Continuas à espera
da mão que te agarre
e te leve de volta
a uma realidade que tu próprio criaste...
Sentes-te só
porque todos se foram embora
e aqueles que ficaram não foi por ti...

quinta-feira, 6 de abril de 2006

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Passado presente

Quando tento falar de ti
fundes-te com os medos passados…
quando te comparo à porta que fechei
e que não quero voltar a abrir
és como as memórias que tento conter.
Rompes pelos meus pensamentos
como o vento que sopra as folhas caídas pelo Outono…

terça-feira, 7 de março de 2006

senitmento que não cessa: solidão...

Quando a ira suplanta os nossos gestossomos apenas almas no universo de palavras que não vieram do fundo.
Loucura nos leva para longe,
surge a vontade que grita,
a vingança é cada vez mais um objectivo,
uma rotina no fugaz passar dos dias...
Há muito pouco que nos prenda aqui,
o nosso caminho é hoje escolhido em função da aparência
e a saudade é o sentimento exaltado ao pensar o quão longe estamos de nós.
O silêncio acompanha a cadência,
o choro é apenas o escape.
Lágrimas... uma depois da outra, rio que não seca.
Sentimento que não cessa: solidão....

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Segredos

O que pensas,
o que dizes
e o que achas nem sempre se assemelham...
Confiança é a palavra gasta num universo de frases soltas,
onde os segredos não se mantêm no sigilo deles mesmos...

Espalhados aos sabor das horas (os segredos)
espalhados pela voz daqueles que desafiaram os poetas de olhar mortiço e cinzento.
O frio fez estes velhos poetas levarem com eles as palavras,
todas aquelas que ficaram por dizer e que se reconfortaram na nossa garganta.

Mortiça a culpa que os levou...
Razão oculta que os fez voltar...
Já mal me lembro do motivo pelo qual ainda escrevo,
aqueça a alma junto à lareira,
deixo arder mais um tronco
enquanto o Outono se funde nas cinzas...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Aqueço o coração junto à lareira
onde as palavras se tornam frágeis e dispensáveis...
No caderno velho de folhas sujas escrevo... a mágoa que se deixa ficar ténue à minha partida.
Desvanecido o tempo que passou em nós.
que é desse tempo? dos olhares que foram ditos, das mãos que se abraçaram?...

Atormentava-me o sentido que ele dava ás palavras,
a frieza dos seus gestos
e do ego de si mesmo.
Ele nunca dizia porquê,
nunca explicava porque se deixava cair no seu breu.
acho que foi ele mesmo que se fez assim...
Talvez o tempo lhe tenha moldado a alma e o espírito.
A esse homem de rosto vago e de espírito leve
e demasiado fácil de amar...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

...

Diz-me tudo o que esse mar não trouxe,
diz-me as mentiras que ficaram por dizer,
os ventos que se cruzaram sem se fundirem em nós,
os gritos que nem em nós se conseguiram conter.
Revolta-mos o modo como agora a vida nos toca na sua intempestuosa passagem.
Espalhada está a tinta na folha que era branca,
manchada como o pó,
a folha branca de letras soltas movidas pelo silêncio
num vazio que não conheço
num passado que agora é só.
Visita-nos o desejo da dor
quando deixamos a sós a nossa solidão.
É inigual o estado de paz,
a cor ténue de um mundo em volta
e o branco dos pensamentos.
São cada vez mais as folhas que gastas quando escreves
para não teres de encarar o cinzento dos teus dias.
Ages como um louco e desprezas-te a ti mesmo
para perceberes que o silêncio não é eterno...

Ténue é a tua dor agora.
Já nem a ti te encontras quando te apercebes que estás perdido.
Luz na tua face um sentimento que dizes ser de culpa
quando persegues o vento para onde a luz não vai.
Afogas-te no breu
e no silêncio das lágrimas de ti mesmo...

Excerto

(...) Fui eu mesma e não voltei...
Dei-te a mão mas não parti,
perdi tudo e não chorei...

Domingo rotineiro numa vida fugaz...

Quando voltar espero não te encontrar aqui
outra vez...
nem ter de te ceder o meu ódio por mais um momento que seja.
A brisa que se move vai levando o brilho que os olhares guardavam...
Leva as palavras e o sofrimento guardado nelas
nas tardes em que passava horas a escrever
e manchava o papel branco de pensamentos sem sentido...
Mais um domingo rotineiro,
uma chuva certeira numa vida fugaz,
um sorriso maquinal para encarar o tempo que não passou...
A lareira que nos aquece o coração e a alma...
e a tua mão na minha num domingo,
ou noutro dia qualquer...