quinta-feira, 31 de março de 2005

sentimentos que cabem na palma da mão...

sentimentos cabem na palma da mão,
quando acordares será tudo ilusão...
Dias passam,
pensamento e raciocínio,
como temas esquecidos.
Olhares ganham razões para sorrir,
sensações de papel,
olhares abandonados,
poemas em papel rasgados...

quarta-feira, 23 de março de 2005

vício pouco banal

Por vezes anseio o amor e a ternura com se nunca os tivesse «possuído»,
É como se a dor as palavras se fundissem.
Em alturas penso que gostava de ter um sorriso por um momento…
Talvez mude a cor dos dias,
E veja as coisas de outro ponto,
E verei algo que anseio,
Para além do tempo,
Para além desses passos que tenho possibilidade de dar…
Um dia vou voar daqui,
Para longe, ou não...
O amor para mim é só mais um vício pouco banal,
Mas demasiado valioso para ocultar.

...

Ouço os passos da madrugada,
e silêncios percorrem corpos,
arrepiam almas...
Por vezes os dias passam ausentes
da dor e do medo.
Dias que se escrevem e guardam
na palma da mão.
Momentos que se vão apagando,
em tempos esquecidos...
São corpos deixados ao relento,
e que se afundam no ar...

(mais um que também não tem título)

Soltei o grito…
Acordei madrugadas e travei batalhas entre mim mesma…
Fundi os pensamentos na minha essência e descobri a tua
Enquanto agarrava o calor da tua mão, sincero…
E volto a olhar para trás certificando-me de que estou mesmo aqui.
Não vejo as multidões que passam à volta,
Nem os sonhos que ficam pousados na almofada,
Certifico-me de todos os medos que vivo diariamente.
Apercebo-me do sabor que a vida tem e vou-me deixando levar por mim… até um dia…
Farta deste lugar,
Ouço sempre a mesma voz mórbida…
Não consigo exprimir aquilo que sinto,
E anseio a hora de voar daqui.
Ainda sinto a tua presença,
E espero por ela,
Inconscientemente.
Ás vezes tento mentalizar-me que há alguém que te possa substituir.
Procuro a minha realidade por entre a minha solidão,
Escondo as realidades que tento dizer-te
Escondo os passos que quero dar
E que não consigo.
E por entre o meu silêncio,
Procuro aquela mão que me ajuda a levantar…


para quem não sabe... a voz mórbida era da prof. lol. Era a minha directora de turma que nos tava a dar um sermão... mas muitas vezes a inspiração vem de onde não se espera... (esta saíu-me mal... :P) eu aviso quando tiver aqui alguma prosa-poética escrita na casa de banho... lol. Bjinhux*.

talvez um dia

Depois de algum tempo,
Reparas que todos os dias pisas o mesmo chão,
entendes que os dias são só fragmentos daquilo que poderás vir a ser,
e é neste caminho incerto que piso
que me consciencializo de mim.

(s/ título)

Ecoas na razão de um momento eterno,
E adormeces os teus próprios sonhos na busca de algo,
Reparas no teu próprio silêncio onde te escondes…
Intensificas o passado perdendo esses rastos de pó que vão ficando…
E tentas levantar-te,
O caminho é longo, mas há sempre a mão que ajuda a erguer-te…
Traças todos os caminhos e estradas de hoje,
Com a ajuda de ti mesmo,
Abstrais-te dos factos
E vences as culpas que não são de ninguém…

despertar

Despertar o medo em mim,
Despertar por entre mágoas o tempo dormente…
Os sonhos são aquilo que ambiciono e tento conter numa memória que só existe para mim,
E sinto os pés descalços banhados pelo frio do caminho ainda longo…
A vida são peças que vais juntando e que um dia –
Sabe-se lá quando – se desmoronam… A vida é tudo aquilo que realizas e acreditas.

veleiro

Lágrimas caem dos rostos pobres dos velhos poetas…
São tão tristes estes tempos em que ás vezes me encontro.
A irrealidade das palavras e dos gestos é cada vez mais
uma constante,
algo a que não posso fugir:
uma obsessão…
No futuro virá um veleiro,
que embarcará nestes olhares tristes e dispersos,
iguais, fugidios, inquietos,
irreais, doces, mortais,
como outros olhares dos quais
nunca conseguirei perceber.

A mão que se estende e te ajuda a levantar...


Há dias em que sentimos que o sofrimento e a dor são mais fortes que nós…
E achamos que o nosso único refúgio são as lágrimas,
Quando isso te acontecer, pensa que estou aqui para te afagar o cabelo,
E para te dar a mão…
Apenas precisas de acreditar que a distância é o único elemento que nos pode separar…

(este é só + 1 que ainda n tem título)

Continuo à espera do passado que ninguém trouxe,
E dos futuros que por já tantas vezes vagueei…
E continuo a olhar o sol de frente,
Sem a graça dos sentidos,
E com o medo da madrugada…
Continuo a acreditar naquilo que vejo,
No ponto brilhante ao longe,
Que se vai desvanecendo no horizonte,
E que me faz acreditar no dia de amanhã.

dias incertos

Dias em que te apetece gritar
Pelo nome de alguém que nunca mais chega…
Dias em que tentas dar os paços certos,
Num tempo certo,
E começar tudo de novo.
Mas trago este vazio
Que não conheço,
Mas que já faz parte…
E lamento cada dia que te vejo
E lamento este «pedaço» que me falta todos e todos os dias.
Hoje é só mais um dia de solidão,
Um dia em que penso em ti,
Mais umas lágrimas banais que vão caindo…
E parece que todos me faz lembrar-te,
Parece que te vejo em toda a parte
E que o meu tempo é um pequeno fragmento
Neste dia em que te olho de novo
E procuro consciencializar-me daquilo que não tenho
E das recordações que guardo no regaço.

volto a ser eu...

Tempos e pessoas acabam como se tratassem se uma encenação vulgar,
E o pano desce,
Apagando as memorias de tempos vividos e perdidos.
Razões voam pela janela,
Sem saberem porquê,
Arrastadas por um vento que se diz ténue.
Já nada tem sentido agora,
Agora só o teu silêncio me incomoda, amedronta…
Não consigo odiar o teu medo, as tuas palavras…
E o pano cai, e volto a ser eu.