quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

...

Diz-me tudo o que esse mar não trouxe,
diz-me as mentiras que ficaram por dizer,
os ventos que se cruzaram sem se fundirem em nós,
os gritos que nem em nós se conseguiram conter.
Revolta-mos o modo como agora a vida nos toca na sua intempestuosa passagem.
Espalhada está a tinta na folha que era branca,
manchada como o pó,
a folha branca de letras soltas movidas pelo silêncio
num vazio que não conheço
num passado que agora é só.

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