terça-feira, 6 de março de 2007

Amargo...

Dêem-me a paz
que o sol morra
e a ira o esmague,
arranquem-me os olhos
levem-me a dor
da minha melancolia doentia.
Deitem fora as minhas palavras
deixem neste canto o que resta de mim
e compreendam tais e infernais lágrimas
que o que mais desejo
é rasgar este ventre negro e de dolor
e ignorar palavras que me absorvem do mundo…
Chorar.
Chorar outra vez,
deixar-me aqui outra vez,
deixar-me de mim.
Simplesmente não querer
voltar
a ser
eu.

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