quarta-feira, 21 de março de 2007

Sempre estiveste aí e eu talvez não tenha reparado, talvez tenha recebido o teu carinho com algum egoísmo e só to retribua agora que começas a fazer a mala para te ires embora sem regresso… Olhei para ti no último domingo, estavas com aquele teu sorriso triste mas maternal de sempre, acho que foi aí que percebi realmente o que se passava à minha volta e abracei-te com tanta força que as lágrimas não se aguentaram nos meus olhos… Cheiravas a hospital, a roupa lavada e a tua cara estava enrugada na magreza em que o teu corpo se encontra. Mesmo assim, os teus acanhados sorrisos inundavam o quarto, mesmo sendo escassos, brilhavam mais nos meus olhos que o sol dourado na janela do quarto… Voltei para casa no breu da noite gélida, percorri a estrada de regresso a casa bebendo o choro e adormecendo irrealmente no teu leito materno. Agora que te escrevo, tenho tantas saudades que me maces com assuntos sem sentido algum e das nossas conversas ao som de telenovelas foleiras depois das seis da tarde no cadeirão da sala… Fazes-me falta, Esmeralda… Volta depressa.

1 comentário:

sardinha disse...

Força meu bem.. Ainda hás-de ter muito tempo.. Ainda HAVEIS de ter muito tempo.. E tens aqui muita gente para ti.. **