terça-feira, 13 de março de 2007

Sede de ti

Olho pela janela,
Vislumbro o escuro nada,
Saio para a rua,
A chuva escorre-me pela face
Até me encontrar os pés nus.
Mas tenho sede de ti.
O dia vai nascendo
A pouco e pouco
Enquanto o vento cortante
Me trespassa.
Mas não traz o arrepio gélido,
O arrepio imenso,
O arrepio saboroso
De te ver.
Finalmente apareces.
Vislumbro-te ao longe,
Vejo-te ficar mais perto.
Olho através de ti,
Vendo ainda assim teu vulto.
Hoje é um dia mau,
Mas ainda assim noto
Que estás presente.
E se ainda assim não me és transparente
É porque tens um lugar só teu…
Em mim.

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